Querida Helena,
Sento-me doente e cansado. Sofri um golpe duro de mais hoje. Quis responder à tua pergunta, quis poder preocupar-me. Por isso não te respondi ontem. Hoje de manhã sai de casa bem cedo, como tu viste. Sai mas não fui trabalhar. Fui criança, vais-mo gritar e eu sei. Escondi-me a ver a entrada do teu prédio, esperei que o teu corpo saisse do elevador. Quando saiu eu morri. As pernas tremiam, a vista turvou-se e não mais consegui olhar. Corri, corri numa direcção que não sabia qual, só a sabia longe de ti. E tremia, todo eu num medo incessante. Não fui trabalhar, não sei onde fui. Só quando as pernas não podiam mais retornei a casa, mas a olhar a cada face temendo ser a tua.
Agora que as horas já lavaram alguma da dor lancinante que me atingiu sobrou a tristeza. Não sei se estás louca, não o posso avaliar porque não sei se a loucura não se apoderou de mim também. Isto foi tudo uma loucura! A nossa noite, a nossa separação, estas cartas que vamos arremessando sem saber porquê. Maldito porquê, malditas cartas, maldito beijo.
Estou triste, desesperado por me teres atingido de tal forma. Pergunto-me incessantemente se alguma vez te vou conseguir olhar de novo, se algum dia tolerarei a tua presença. As provas que hoje o meu corpo me apresentou dizem-me que não. Dizem-me que tudo isto é vão, que nada faz sentido, que as cartas são só mais sofrimento, e mais e mais. Já nem sei o que quero fazer.
O que vês na minha janela não é o teu anel mas sim um invólucro amarrotado da minha desarrumação. O teu anel está no meu peito de onde não saiu desde que descobri que o tinhas deixado no meu dedo aquela noite.
Já nem sei porque o uso, não sei porque te escrevo, já nem sei porque te beijo noite após noite, já nem sei porque te digo
Sento-me doente e cansado. Sofri um golpe duro de mais hoje. Quis responder à tua pergunta, quis poder preocupar-me. Por isso não te respondi ontem. Hoje de manhã sai de casa bem cedo, como tu viste. Sai mas não fui trabalhar. Fui criança, vais-mo gritar e eu sei. Escondi-me a ver a entrada do teu prédio, esperei que o teu corpo saisse do elevador. Quando saiu eu morri. As pernas tremiam, a vista turvou-se e não mais consegui olhar. Corri, corri numa direcção que não sabia qual, só a sabia longe de ti. E tremia, todo eu num medo incessante. Não fui trabalhar, não sei onde fui. Só quando as pernas não podiam mais retornei a casa, mas a olhar a cada face temendo ser a tua.
Agora que as horas já lavaram alguma da dor lancinante que me atingiu sobrou a tristeza. Não sei se estás louca, não o posso avaliar porque não sei se a loucura não se apoderou de mim também. Isto foi tudo uma loucura! A nossa noite, a nossa separação, estas cartas que vamos arremessando sem saber porquê. Maldito porquê, malditas cartas, maldito beijo.
Estou triste, desesperado por me teres atingido de tal forma. Pergunto-me incessantemente se alguma vez te vou conseguir olhar de novo, se algum dia tolerarei a tua presença. As provas que hoje o meu corpo me apresentou dizem-me que não. Dizem-me que tudo isto é vão, que nada faz sentido, que as cartas são só mais sofrimento, e mais e mais. Já nem sei o que quero fazer.
O que vês na minha janela não é o teu anel mas sim um invólucro amarrotado da minha desarrumação. O teu anel está no meu peito de onde não saiu desde que descobri que o tinhas deixado no meu dedo aquela noite.
Já nem sei porque o uso, não sei porque te escrevo, já nem sei porque te beijo noite após noite, já nem sei porque te digo
3 Comments:
(silencio)....(choque)...ai Meu Deus...Não isso não...Eu ja dizia o mesmo...(silencio)...(suspiro)
isto fui eu a ler esta carta...tirem as elaçoes que entenderem.Gostei.
Gui
A classificaçao da carta è complicada. Na verdade vejo que algo nao esta bem para alem da sincera sensaçao de pena entre os dois. Esta, sem duvida foi uma grande resposta ms era preciso ultrapassar esta fase de duvidas e tomar posiçoes, retomar o objectivo que vos levou a tomar a decisao toma da mais a preservaçao da amizade, tal como prometeram...
Mas tb foi triste. Estas ultimas cartas (sem por em causa a qualidade- que se mantem)tem sido rispidas e duras....proprias de quem sofre dia apòs dia....:o)
O blog tà mt bom mm:o)***
Sei que me pediste para ir deixando comentários mas agora não posso porque quero ir ler a carta seguinte... quero saber mais...n tenho tenho cá tempo para deixar comentários, se não morro a meio do caminho cheia de curiosidade...e eu sou muito curiosa.. e este blog para pessoas como eu é uma tortura!!!!
Gostei muito!! tá mesmo à utente do Magalhães de Lemos! Tais a ficar os dois tolhidinhos das ideias e eu a ficar por tabela já que colei neste blog...
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