Querida Helena,
Escrevo-te cansado. Não consegui dormir na camioneta e a noite foi longa e pesada. Não, não voltei a fazer asneiras. Sim, a Sofia. Estive com ela, mas não da maneira com que tu tão alegremente me acenas com o Carlos. Não o sabia, nem o quero saber. Isto é o que tenho a dizer sobre ele. Sobre ele e sobre todos os Carlos que venhas a fingir conhecer. Eu conheço a Sofia, ela conhece-me a mim. E foi por nos conhecermos que estivemos até o sol se levantar a conversar. Só? perguntas tu, eu respondo-te claro que sim, porque nem 4 dias, nem um ano vai mudar o que sinto por ti, e o que sinto por ela. A conversa trouxe sorrisos e lágrimas, mas não como as nossas. Carregados de nostalgia não tinham espaço para o amor que preenche as nossas.
Não andei descalço na fonte. Não fui capaz. Não pelo frio, mas porque depois seria incapaz de to contar, e teria de te mentir. Não suporto a ideia de te contar algo que não pode ser teu quando é meu, como não suportaria se mo contasses a mim. Desculpa se te desiludi.
A familia não me foi tão pesada como esperava. Se calhar por isso mesmo. Mentalizei-me que tinha de aguentar tanta dor no ombros que acabou por ser fácil. Claro que levei com bocas todos os dias da minha mãe, facadas no meu peito ainda frágil. Mas a fonte gentilmente limpou-me o vermelho.
Vou ver se estou com a tua avó esta semana, mas preciso que me dês o telefone porque não o tenho. Espero que a nossa conversa te ajude a ti e que a tua familia não te olhe de riscas pretas e brancas.
Despeço-te e peço desculpa pela breviedade mas as palpebras pesam ainda mais quando o coração as puxa. Vou deixar a luz acesa hoje para que mates as saudades. Abraço-te e levo os lábios á tua testa .
Escrevo-te cansado. Não consegui dormir na camioneta e a noite foi longa e pesada. Não, não voltei a fazer asneiras. Sim, a Sofia. Estive com ela, mas não da maneira com que tu tão alegremente me acenas com o Carlos. Não o sabia, nem o quero saber. Isto é o que tenho a dizer sobre ele. Sobre ele e sobre todos os Carlos que venhas a fingir conhecer. Eu conheço a Sofia, ela conhece-me a mim. E foi por nos conhecermos que estivemos até o sol se levantar a conversar. Só? perguntas tu, eu respondo-te claro que sim, porque nem 4 dias, nem um ano vai mudar o que sinto por ti, e o que sinto por ela. A conversa trouxe sorrisos e lágrimas, mas não como as nossas. Carregados de nostalgia não tinham espaço para o amor que preenche as nossas.
Não andei descalço na fonte. Não fui capaz. Não pelo frio, mas porque depois seria incapaz de to contar, e teria de te mentir. Não suporto a ideia de te contar algo que não pode ser teu quando é meu, como não suportaria se mo contasses a mim. Desculpa se te desiludi.
A familia não me foi tão pesada como esperava. Se calhar por isso mesmo. Mentalizei-me que tinha de aguentar tanta dor no ombros que acabou por ser fácil. Claro que levei com bocas todos os dias da minha mãe, facadas no meu peito ainda frágil. Mas a fonte gentilmente limpou-me o vermelho.
Vou ver se estou com a tua avó esta semana, mas preciso que me dês o telefone porque não o tenho. Espero que a nossa conversa te ajude a ti e que a tua familia não te olhe de riscas pretas e brancas.
Despeço-te e peço desculpa pela breviedade mas as palpebras pesam ainda mais quando o coração as puxa. Vou deixar a luz acesa hoje para que mates as saudades. Abraço-te e levo os lábios á tua testa .
2 Comments:
Nunca jamais deveria ter começado a ler estas malfadadas cartas ouviste PEDRO??? esse Carlos não é la grande ideia e eles estao ambos a sofrer porra isso ajuda alguem??k nervos me metem....
pois.. qual carlos qual que... isso é só um refugio... e dps a Helena ainda dá a desculpa da Sofia.. "ah e tal, tu e a sofia.. bah... tretas...
estou ansiosa por ler a conversa do Pedro com a avó da Helena, n sei pq mas vai ser um momento alto e de grandes decisões... será?
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