Querida Helena,
Desculpa. Tudo o que tenho direito de te dizer é desculpa-me. Comportei-me realmente como uma criança e depois envergonhei-me das minhas acções. Por isso não te respondi, por isso não sei o que te dizer agora. Não há desculpas para o que fiz, não há nada que diga que possa justificar os meus actos. Estúpido e carente deixei-me ir na loucura de anos que já não são os meus. O joel também não me ajudou. Convencido que o alcool me iria libertar do fardo que me vergava a cabeça, fez-me beber como um inconsciente. Claro que a intenção dele não resultou porque não era a cabeça que me pesava mas sim o coração que a puxava para baixo. E o alcool não afecta o coração, só lhe permite ter voz mais alta. O que provou ser desastroso.
Não me recordo ao certo o que escrevi na carta, mas sei que no estado em que me encontrava o que me saia pelas mãos eram os caprichos do peito. Desculpa-me o que disse. Desculpa-me a Estrela da Tarde era suposto ser o meu segredo. Redescobri a letra do Ary dos Santos e vi nela o filme da nossa última noite. Tudo se encaixava direitinho. Mas era o meu segredo obscuro, aquela preciosidade que temos e não contamos a ninguém. Destrui tudo isso. Como temo ter destruido a nossa amizade. E choro, choro agora sobrio como nunca chorei com o alccol nas veias. Choro por sentir ter destruido tudo. Por te ter destruido em mim, por me ter destruido em ti. Olho a tua janela marejado de lágrimas imaginando-te a ver-me chegar num estado deplorável. Choro pensando-te a ler a carta inflamada que te devo ter dirigido. Choro pensando que talvez tenha sido o fim do que a tanto custo tentamos resguardar. E a culpa consome-me. Como se de uma ressaca de amor se tratasse, sinto a culpa a atirar-me ao chão.
Fui tomar café com a tua irmã hoje. Acedi ao convite por não ter coragem de lhe contar o que se passou. Fui-lhe distante. Não conseguia conversar concentrado mais que dois minutos sem o coração fazer a pressão dos olhos subir. Calava-me com medo de chorar. E deixava de ouvir. Se lhe falares pede-lhe desculpa por mim mais uma vez.
E só me resta pedir-te a ti desculpa mais uma vez ainda que receie que tu nunca mais me respondas, tenho esperança que se a amizade nos pediu já tantos sacrificios possa também pedir que me perdoes.
Desculpa. Tudo o que tenho direito de te dizer é desculpa-me. Comportei-me realmente como uma criança e depois envergonhei-me das minhas acções. Por isso não te respondi, por isso não sei o que te dizer agora. Não há desculpas para o que fiz, não há nada que diga que possa justificar os meus actos. Estúpido e carente deixei-me ir na loucura de anos que já não são os meus. O joel também não me ajudou. Convencido que o alcool me iria libertar do fardo que me vergava a cabeça, fez-me beber como um inconsciente. Claro que a intenção dele não resultou porque não era a cabeça que me pesava mas sim o coração que a puxava para baixo. E o alcool não afecta o coração, só lhe permite ter voz mais alta. O que provou ser desastroso.
Não me recordo ao certo o que escrevi na carta, mas sei que no estado em que me encontrava o que me saia pelas mãos eram os caprichos do peito. Desculpa-me o que disse. Desculpa-me a Estrela da Tarde era suposto ser o meu segredo. Redescobri a letra do Ary dos Santos e vi nela o filme da nossa última noite. Tudo se encaixava direitinho. Mas era o meu segredo obscuro, aquela preciosidade que temos e não contamos a ninguém. Destrui tudo isso. Como temo ter destruido a nossa amizade. E choro, choro agora sobrio como nunca chorei com o alccol nas veias. Choro por sentir ter destruido tudo. Por te ter destruido em mim, por me ter destruido em ti. Olho a tua janela marejado de lágrimas imaginando-te a ver-me chegar num estado deplorável. Choro pensando-te a ler a carta inflamada que te devo ter dirigido. Choro pensando que talvez tenha sido o fim do que a tanto custo tentamos resguardar. E a culpa consome-me. Como se de uma ressaca de amor se tratasse, sinto a culpa a atirar-me ao chão.
Fui tomar café com a tua irmã hoje. Acedi ao convite por não ter coragem de lhe contar o que se passou. Fui-lhe distante. Não conseguia conversar concentrado mais que dois minutos sem o coração fazer a pressão dos olhos subir. Calava-me com medo de chorar. E deixava de ouvir. Se lhe falares pede-lhe desculpa por mim mais uma vez.
E só me resta pedir-te a ti desculpa mais uma vez ainda que receie que tu nunca mais me respondas, tenho esperança que se a amizade nos pediu já tantos sacrificios possa também pedir que me perdoes.
3 Comments:
Este vicio de ler o que aqui "partilham" já começa a tomar proporções impensáveis;o), mas a verdade é que já sofremos convosco;o)..lol.. tá muito bem feito, mas recio ainda desperceber demais para poder entender, o que ainda acaba por ser melhor;o)...
A verdade, queridos Helena e Pedro é que até parece que vos conhecemos!! Eu já imaginava este Pedro arrependido e uma futura Helena magnanima...:O)
Força ai..( e toca a desvelar alguns mistérios..;o))***
Humm ve la se o perdoas...o pobre nao fez por mal...eu axo k esta decisao de perserar a amizade sacrificando o amor veio maisde Helena k do pedro..ele nao parece la muito convencido
É muito bem feita!!
e devias ter ficado pior! e inda por cima pões as culpas no Joel. até parece que ele te enfiou a bebida plas goelas abaixo!
e Amigos:
1 - o alcool tecnicamente n vai para as veias, apesar de ser vasodilatador
2 - e sim afecta o coração.
E tu, Pedro, Recompõe-te Homem!
P.S - tou a gostar a pacotes:)
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