Amor Selado                          

As cartas do nosso amor que por amizade selamos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Querido Pedro,

Quero começar esta carta com um "olá" porque ao contrário de ti ainda sei respeitar regras. Tal como respeitarei a regra de não mais nos vermos, por isso disse à Joana que não estarei presente no jantar, também pedi desculpas ao Mário. "Vocês estão muito estranhos...", foram as palavras da Joana quando lhe disse que preferia não ir.
Ainda não consegui contar que há uma semana que não te vejo, nem à Joana nem à minha irmã. Acho que preciso de as mentalizar da situação, creio que lhes custará bastante, habituaram-se a ver-nos lado a lado. Lembro-me do Miguel dizer que separados eramos palavras sem som... Ao fim ao cabo foi no que nos tornámos, não foi?
A nossa amizade não morre aqui, provas disso são as cartas que trocamos. Decidimos fazê-lo para que a distância não destruisse o que de benéfico havia entre nós, o que havia de possível.
Deixaste o sobretudo castanho, o que meu pai te deu pelo teu aniversário, sobre a cadeira no meu quarto; graças a ele ainda sobrevive o teu cheiro pelo compartimento.Não sei como to devolver. Não quero nem posso ver-te, não sei como me hei-de livrar dele. Faz-me impressão ali, perto da janela, como que a desafiar-me para espreitar o teu prédio - sempre tive uma visão priveligiada do teu quarto. Sabes, apesar do olhar me tentar fugir na esperança de te encontrar, eu sou mais forte do que ele, e tu também deverias ser. Sabes bem que a luz não fica acesa devido ao trabalho, sabes que teu olhar pode encontrar um outro alguém ao meu lado, nas horas que a noite arrasta.
Eu sei que te dói, que te consome o peito na mais agonizante das dores, mas sei também que é o melhor para ti e para mim, para a nossa paz e liberdade.
Até breve, não deixes esmorecer a amizade... escreve-me, oferece-me palavras sem som.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Conseguiste transparecer a personalidade forte e corajosa da helena, contrapondo com a fragilidade e insegurança do pedro, como smp os sentidos estão mt presentes ao longo da narrativa de uma maneira subtil e agradável ao leitor. Adorei a expressao «palavras sem som», mas ixo tu já sabes. a maneira cmo descreves pormenores k há partida seriam banais, é simplesmente fantástica.
Os meus sinceros parabéns a ti Psyché e ao teu mestre por k sem ele este amor selado provavelmente n existia.
***

7.2.06  
Anonymous Anónimo said...

Ui..tu e as palavras sem som..e eu e os olhares cheios de sentimentos..olhar e nao tocar..simplesmente..

Ai amor..q q eu te vou dizer?? Q tens uma carta resposta linda? Q gostei imenso? Q cmo disse no coment q fiz ao Pedro, adorei as "imagens". O casaco..O célebre casaco..

Mas é isto q eu tenhu pa dizer!

Ta lindo*

7.2.06  
Blogger Liliana Bárcia said...

e mais uma vez penso que tudo o que deve ficar na vida, para além daquelas recordações mais bonitas e que nos enchem de saudade, são certezas de que a amizade é realmente o mais precioso de tudo..

também goto de cartas porque se diz tudo aquilo que se pensa e sente.. sem medo..

beijinhos**

9.2.06  
Anonymous Anónimo said...

ha aki kk coisa k me deve estar a passar ao lado...mas sim, ta mt giro e espero k o Pedro responda rapidamente...ou os correios em Portugal ainda estao assim tao maus??olol

Beijinhu

9.2.06  
Anonymous Anónimo said...

Kalaiä_21_4ever

Oie...pa xer xinxera...n pexebi mt bem...mas no entantu gostei mt du k li, n a duvid ak a prof d portugues t xplicou bem km e k xe fax uma carta, ta mxm mt giru, Parabens!!
E continuem....

9.2.06  
Blogger Zana said...

Bom, eu pelos visto estou muito no inicio mas estou a gostar do que leio.. parece a modos que um livro actualizado, uma nova forma de escrita, bem gira e dinamica:o)
continuem que isto ta interessante (ou melhor eu é que vou continuar:o).. Estou em pulgas para perceber como é que isto segue:o)...***

17.2.06  
Blogger TatianaCarvalho said...

Helena,
Não te conheço mas desde já os meus parabéns por esta carta. Lamento mas iniciei há minutos a saga Pedro e Helena. O Sr Engenheiro não me quis contar a história para além das minhas deduções para ver se eu colava neste blog como colo no do Bruno Nogueira.So me resta dizer que ele...
Conseguiu.

14.3.06  

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